Histórias hilárias que só aconteceriam em Portugal

Antes que você termine de ler e ache que os portugueses são burros, como contam em piadas brasileiras, saiba que de burros eles não tem nada, e entendem muito bem tudo que falamos.

Eles possuem uma fama de serem literais demais, e em alguns casos até é verdade, pois nós mesmos presenciamos. Eles possuem algumas lógicas de comunicação diferentes das nossas, e isso pudemos observar nas discussões e debates dentro das universidades que frequentamos, mas não tem nada a ver com burrice.

Eles na verdade tem um senso de humor mais apurado que o nosso até, e de forma mais inteligente adoram ‘gozar’ com nossa cara. Isso pode te gerar inúmeros momentos divertidos, dê corda pra eles e saiba levar de boa.

Algumas das historias à seguir nós vivemos, outras nos contaram, então não posso certificar a veracidade, mas são super prováveis de acontecer.

Leia como relatos de humor.


Troque as solas

Uma prima nossa trabalhou por alguns anos em Portugal e um vez foi ao sapateiro para adquirir novas solas à seus sapatos de estimação.
Chegando lá, ela disse ao sapateiro:

– Senhor, essas solas estão gastas, troque-as por favor.
– Ok – Disse o Sapateiro.

Voltando no prazo informado, ela encontra seu sapato do pé direito com a sola do esquerdo, e o sapato do pé esquerdo com a sola do direito.
Sem entender, ela perguntou ao sapateiro:

– Senhor, o que aconteceu aqui?

Ele prontamente respondeu:

– Pedistes que trocasse, pois então.
– Meu senhor, eu gostaria de solas novas, trocar por solas novas!
-Ahhhhhhhhh…então deveria falar que SUBSTITUÍSSE!

Essa é verdade verdadeira, aconteceu com nossa prima (Vinícius), e ela jura que odiou morar em Portugal por essas e outras. Hahahaha. Nós amamos.


Mais uma Taça

Essa não tem muito tempo.

Fomos a um restaurante que vamos sempre e como estávemos em grande grupo, pedimos algumas jarras de vinho.

Depois que trouxeram as jarras e as taças, notamos que havia uma taça a menos pela quantidade de clientes na mesa. Chamamos o atendente de mesa e falamos:

– Traz mais uma taça, se faz favor.

Prontamente fomos atendidos, com uma taça de vinho cheia de vinho. lol

Mesmo tendo a mesa cheia de jarras de vinho completas, ele entendeu que estavamos a pedir por uma taça de vinho cheio e não apenas o copo vazio. Um erro que seria honesto, se não estivessemos com as jarras todas cheias e em uma rápida contagem, uma taça a menos.


Só até às 5

Após uma tarde batendo perna, paramos em uma doceria e vimos umas lindas queijadinhas na vitrine. Logo acima havia uma placa informando:
‘Queijadinhas até as 5pm’
Já eram 17:10, mas chamamos a balconista e perguntamos se poderíamos comprar as da vitrine. Ela olhou o relógio e voltou-se para nós:

—Queijadinhas apenas até às 5.

Informamos que não nos importávamos caso ela não estivesse tão quentinha, que mesmo assim gostaríamos de comprá-las. Recebemos a seguinte resposta:

—Queijadinhas apenas até às 5.

Saímos sem entender e é claro às risadas.
Essa aconteceu com a gente também. Fora a vez que compramos Bolas de Berlim traficadas dentro da cozinha da padaria por já ter passado da hora permitida pela fiscalização de a padaria estar aberta. Rsrs


Café?

Três turistas estão em Lisboa. Vão ao restaurante almoçar. No final, o garçom pergunta:

—Café?

O primeiro:

— Um, por favor.

O Segundo:

— Dois!

O terceiro:

— Três!

Passam alguns minutos e lá vem o garçom.
Com seis cafés.


Como vem o bife?

Querendo me informar mais sobre os acompanhamentos de um dos pratos de um restaurante em Alfama, perguntei ao garçom:

— Mas como vem esse bife aqui?

Ele prontamente me respondeu:

— Alguém o traz da cozinha!


Leitão à bairrada

Uma vez fui a um restaurante de um prato só que servia leitão à bairrada:

— Oi, como é o leitão à bairrada?
— Ora, não sabes o que é um leitão?
— Sim, mas o que é à bairrada?
— A região onde estamos.


Pasteizinhos de Belém

Meu padrasto estava em um ônibus em Portugal com a família e viram em um outdoor escrito algo como “Pasteizinhos de Belém, desde 1920” e uma foto dos pasteizinhos.
Ele comentou com a família, brincando:

— Olha, gente! Desde 1920!

No que uma senhora portuguesa interrompeu:

— Me perdoem, mas aqueles já foram comidos, chegando lá vão encontrar outros fresquinhos.


Me traz aquele

Um cliente estava indeciso sobre o que pedir. Viu um garçom passando com um prato que o agradou e falou para o que o atendia:

— Pode me trazer aquele.

A resposta do garçom:

— Não será possível porque aquele já é do senhor da mesa ao lado.


O prato de Fernando Pessoa

Minha amiga estava almoçando no mesmo restaurante que Fernando Pessoa frequentava assiduamente.
Como ela é formada em letras, com mestrado em literatura, estava mais interessada nas histórias do lugar do que na culinária.
No momento de escolher, chama o garçom e pergunta qual era o prato preferido de Fernando Pessoa. Sem pestanejar, ele responde:

— Já quebrou-se há muito tempo!


Um táxi

Estávamos num hotel em Lisboa e descemos pra fumar. Decidi ir até a recepção pra pedir um táxi. Perguntei à funcionária:

— Por favor, você poderia chamar um táxi pra mim?

A funcionária disse que sim, continuou a fazer o que estava fazendo e não chamou o táxi. Daí eu percebi que estava dentro da piada.
Voltei pra fora pra rir um pouco com minha amiga e voltei novamente pra recepção, como se nada tivesse acontecido.
Claro que ela poderia chamar um táxi, não havia nada que a impedisse de fazê-lo.
Daí eu falei:

— Eu preciso de um táxi agora.

E ela:

— Pois não, senhoire.

E ligou pro táxi. Fim.


Você sabe?

Um dia em Lisboa eu parei um sujeito na rua e perguntei: “O senhor sabe como chegar no castelo de São Jorge?” Ele respondeu “sei!” e continuou andando.

Pois aqui se você quer saber algo, não deixe a entender, pergunte com cada palavra.


Foto

Meus tios estavam passeando em Portugal e pediram a um senhor:

— Por favor, pode tirar uma foto?
— Claro!

Foi lá e abraçou a minha tia posando pra foto e já morrendo de rir.


Passa no aeroporto?

Eu estava saindo do hotel e perguntei a alguém:

— Esse ônibus parado aí passa no aeroporto?

O cara responde:

—Não, passa em frente a ele.


Me vê dois

Uma vez eu pedi no balcão de uma confeitaria:

— O senhor me vê dois pasteis de Belém?

O cara foi, olhou e não pegou nada.
Eu perguntei:

— Os meus pastéis de Belém?

E ele:

— Ah, a senhora quer que eu lhe dê dois pasteis? Porque só me pediu que visse.


Londres é aqui?

Um dia eu estava no aeroporto em Lisboa e ia pegar uma conexão para Londres.

Perguntei a uma senhora que trabalhava no aeroporto: “Londres é aqui?”.

Ela disse “aqui é Lisboa” e riu.


Na mesa

Fui numa doceria no Porto e perguntei para o garçom:

— Posso pedir aqui no balcão ou pode sentar na mesa?

Ele:

— Prefiro que você sente na cadeira mesmo.


Início | Pastéis de Belém

Aquela caixinha

Fui comprar pastéis de Belém no local onde eles são fabricados.

Lugar lotado, balconistas concentrados, atendendo todo mundo super rápido e com muita seriedade.

Os pastéis de Belém vêm (ou pelo menos vinham) numa caixinha sextavada de papelão.

Eu e minha mãe nos aproximamos do balcão e ela pergunta a um dos atendentes:

— Os pastéis de Belém são aquela caixinha?

O balconista responde:

— Não, senhora, é o que tem dentro!

Ele continuou os atendimentos super sério e eu e minha mãe caímos na gargalhada.


Posso estacionar?

Num bar no centro histórico de Lisboa, uma brasileira entra e pergunta:

— Posso estacionar aqui na frente?

O balconista responde:

— Claro que pode. Só corre o risco de levar uma multa.


Língua

Minha tia estava com uma amiga no restaurante. O garçom criou coragem e indagou:

— Que língua estás a falar que estou entendendo tudo?

 

Tem alguma história engraçada pra compartilhar? Conta pra gente nos comentários, quem sabe ela não entra aqui na nossa seleção.

2 comentários em “Histórias hilárias que só aconteceriam em Portugal”

  1. Estive em Vila do Bispo e na porta do restaurante vi: “Rojões”. Como estava com criança, não podia arriscar e no Brasil rojões não são comida.
    Perguntei a atendente o que eram rojões? E ela: “rojões são rojões! Mais uma vez insisti e perguntei se era carne ou outra coisa? E ela: “porco”. Como ia dar muito trabalho perguntar pelos acompanhamentos, desisti.

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